terça-feira, fevereiro 26, 2008

Todos os domingos à noite deixo de ser eu para passar a ser o Carlitos...em 1968 também eu tinha 8 anos.

"Além do acompanhar das peripécias em que se vê envolvida esta família , a história é também contada pela voz de um narrador que, no presente já adulto, se recorda da infância vivida a partir de 1968, então com 8 anos. A história é contada pela voz adulta mas pelas recordações e olhos de uma criança.

Ao ser contada a história da família, acompanha-se também a evolução social, económica e política do país e do mundo, recorrendo a referências no guião, a arquivos e a reconstituições de conteúdos de rádio e televisão.

Acontecimentos marcantes na vida política, social e desportiva em Portugal e no mundo podem ser aqui descobertos, enquadrados com a trama de cada de episódio. Curiosidades, publicidades, programas de rádio e televisão, locutores e apresentadores e as imagens de Portugal em 1968 marcam também presença para serem conhecidos pelos mais jovens e recordados pelos menos novos.

Apresentam-se na história a evolução da moda, da roupa aos cabelos, as inovações tecnológicas, novos produtos, publicações periódicas, carros e motas... as coisas de um tempo em que telemóveis com máquina fotográfica não seriam mais do que simples alucinação futurista e em que os jovens pensavam no Festival da Canção em vez de em coloridas séries juvenis.

Conta-me como foi retrata, acima de tudo, o modo de viver e pensar de uma sociedade ainda fechada sobre si, os papéis e as ambições sociais de homem e mulher, de jovens e idosos, os tabus de uma época e a gradual e desconfiada abertura a novas mentalidades.

Conta-me como foi tem o objectivo de retratar, em forma de ficção, a vida e o país desde 1968; sem espírito saudosista, sem abordagens moralistas, sem juízos de valor, sem tomar partido por nenhum lado da história, sem aspirações documentalistas; com a ambição de entreter, com a vontade de mostrar e dar a conhecer o passado, com a certeza de ser uma oportunidade descontraída de recordar, rever e reviver um tempo que faz parte da história pessoal de milhões de portugueses."
in www.rtp.pt


10 comments:

Anónimo disse...

Cara Dina

Ainda bem que abordou o assunto. Há uns tempos que ando para me referir a ele, mas como a actualidade anda mais depressa que a minha cabeça, vou deixando sempre para amanhã.
É incrível como me revejo naqueles episódios, e lembro-me deles como se de hoje se tratasse pois já tinha 18 anos. É por coisas destas que prefiro ver filmes de ficção. Não que me tragam más recordações, antes pelo contrário, mas porque me sinto velho ao olhar o quão distantes vão aqueles tempos.
Tirando uns filmes e as notícias, é dos poucos programas que me prende ao pequeno ecrã.
Tempos “heróicos” aqueles que ainda por cima correspondem aos melhores anos da minha vida. Foi nesse ano lectivo distante de 68/69 que fui “despachado” para Coimbra a estudar e por coincidência o “ano de todos os perigos”.
Se pudesse classificar a série, para mim seria de 6*. Pena é que o resto não tenha a mesma qualidade.

Um beijinho

Jacinto César

Bruno disse...

1968... Onde esta eu por essa altura??

... Talvez ainda na vida anterior!

Sei que adoro essa fantástica serie da RTP. Todos os domingos paro para ver “...como foi”. E acabo por sentir o pulso a tudo o que se vive em cada episódio... É como entrasse um pouco nesses anos... nessas vidas...

Não devemos esquecer que o original desta serie foi bastante premiada em Espanha...
Pena que os portugueses não tenham a mesma capacidade...

Dina disse...

Jacinto César é uma daquelas séries que permitem recordar coisas boas e menos boas.
Em 1968 estava na 2ª classe, entrei com 7 como era costume nessa época, e a minha professora era excelente. Talvez se recorde da D. Mariana Manaia. Fiz a primária na Escola de Sta. Luzia e nessa altura meninas e meninos estavam em edifícios diferentes. Aliás isso manteve-se ainda durante alguns anos. Em miúda brinquei em muitos quintais do Bº de Sta Luzia onde vivia, andei muito no baloiço do quintal do Eng. Firmo, ia à missa ao Colégio Luso Britânico onde aprendi a bordar ponto de cruz com a Madre Alcinda porque ia para lá nos tempos que tinha livres porque sempre gostei de trabalhos manuais...no fundo e olhando para trás tenho que reconhecer que ignorava completamente a situação política e económica do país e que fui uma criança muito feliz.

Dina disse...

Bruno no que diz respeito a esta série a qualidade dos portugueses é enorme. Aliás se puderes ver alguns episódios espanhóis verás que a realidade é bem diferente nos dois países e que aqui toda a história é baseada na nossa realidade de então. Acreditas que nem a forma de vestir era igual nos dois países?
A nossa série tem uma enorme qualidade e por essa razão devemos estar orgulhoso do bom trabalho dos profissionais da RTP.

Anónimo disse...

Para mim esta é a melhor série portuguesa de há muito tempo para cá. A sua qualidade é incrivel, e as histórias apesar de simples são muito cativantes. Se houvesse um óscar para isto, dava-lhes de certeza!

Elvascidade disse...

Excelente série, faz recordar quem viveu esses anos e ajuda a informar quem não os viveu de como era esse nosso Portugal nos anos 60. Um programa de grande qualidade o melhor dos últimos anos passado na nossa televisão.

Bruno disse...

Sem qualquer dúvida... A RTP está de parabens... Também p isso eu gosto tanto desta serie...
Referia-me ao facto de ouvir dizer que em Espanha esta serie já recebeu alguns prémios... e cá, plo menos que saiba, a nossa versão ainda nao terá tido direito a no mínimo um prémio de "melhor serie"...

Sao duas series com a mesma filosofia... Mas bem diferentes... Tal como os países

Dina disse...

Por cá ganhou o prémio de melhor série de televisão em exibição, prémio que lhe foi atribuído pela associação de Espectadores ou algo do género.

Elvira Carvalho disse...

Pois nunca vi. Também agora tenho dias que nem o telejornal vejo...
E eu estou velha mesmo... 8 anos em 68? Eu já era casada.
Um abraço

João Baptista disse...

Do melhor que se fez ultimamente em televisão

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