quinta-feira, junho 30, 2005


Vale a pena ler até ao fim...

"Na Noruega, o horário de trabalho começa cedo (às 8 horas) e acaba cedo
(às15.30). As mães e os pais noruegueses têm uma parte significativa dos seus
dias para serem pais, para proporcionar aos filhos algo mais do que um
serão de televisão ou videojogos. Têm um ano de licença de maternidade e nunca
ouviram falar de despedimentos por gravidez."

"A riqueza que produzem nos seus trabalhos garante-lhes o maior nível
salarial da Europa. Que é também, desculpem-me os menos sensíveis ao
argumento, o mais igualitário. Todos descontam um IRS limpo e transparente
que não é depois desbaratado em rotundas e estatuária kitsh, nem em
auto-estradas (só têm 200 quilómetros dessas «alavancas de progresso»), nem
em Expos e Euros."

"É tempo de os empresários portugueses constatarem que, na Noruega, a fuga
ao fisco não é uma «vantagem competitiva». Ali, o cruzamento de dados
«devassa» as contas bancárias, as apólices de seguros, as propriedades
móveis e imóveis e as «ofertas» de património a familiares que, em
Portugal, país de gentes inventivas, garantem anonimato aos crimes e «confundem» os
poucos olhos que se dedicam ao combate à fraude económica."

"Mais do que os costumeiros «bons negócios», deviam os empresários
portugueses pôr os olhos naquilo que a Noruega tem para nos ensinar. E, já
agora, os políticos.

Numa crónica inspirada, o correspondente da TSF naquele país, afiança que
os ministros não se medem pelas gravatas, nem pela alta cilindrada das suas
frotas. Pelo contrário, andam de metro, e não se ofendem quando os tratam
por tu. Aqui, cada ministério faz uso de dezenas de carros topo de gama,
com vidros fumados para não dar lastro às ideias de transparência dos cidadãos.
Os ministros portugueses fazem-se preceder de batedores motorizados, poluem
o ambiente, dão maus exemplos e gastam a rodos o dinheiro que escasseia
para assuntos verdadeiramente importantes."
"Mais: os noruegueses sabem que não se «projecta o nome do país» com
despesismos faraónicos, basta ser-se sensato e fazer da gestão das contas
públicas um exercício de ética e responsabilidade. Arafat e Rabin assinaram
um tratado de paz em Oslo. E, que se saiba, não foi preciso desbaratarem
milhões de contos para que o nome da capital norueguesa corresse mundo por
uma boa causa."

"Até os clubes de futebol noruegueses, que pedem meças aos seus congéneres
lusos em competições internacionais, nunca precisaram de pagar aos seus
jogadores 400 salários mínimos por mês para que estes joguem à bola.

Nas gélidas terras dos vikings conheci empresários portugueses que ali
montaram negócios florescentes. Um deles, isolado numa ilha acima do
círculo polar Árctico, deixava elogios rasgados à «social-democracia nórdica». Ao
tempo para viver e à segurança social."


"Ali, naquele país, também há patos-bravos. Mas para os vermos precisamos
de apontar binóculos para o céu. Não andam de jipe e óculos escuros. Não
clamam por messias nem por prebendas. Não se queixam do «excessivo peso do
Estado», para depois exigirem isenções e subsídios."

É tempo de aprendermos que os bárbaros somos nós.

Seria meio caminho andado para nos civilizarmos.
terça-feira, junho 28, 2005

É esta noite !!

É no Coliseu dos Recreios que, pela primeira vez, vão ser recriados ao vivo os inéditos que António Variações deixou e que reencontraram eco nas vozes de Manuela Azevedo (Clã), David Fonseca e Camané.
O primeiro espectáculo está prestes a começar, está marcado para as 21h30 com as portas a abrirem às 20h30.

Para lá das vozes, os "Humanos" incluem Hélder Gonçalves (Clã), Nuno Rafael, João Cardoso e Sérgio Nascimento (todos ex-Despe & Siga e músicos de Sérgio Godinho).
O disco surgiu 20 anos após a morte de António Variações, verdadeiro ícone da nossa pop. Desapareceu prematuramente, deixando apenas dois álbuns. Foi simultaneamente uma das mais marcantes e polémicas figuras que Portugal viu nascer e a prova provada de que música popular portuguesa e sofisticação não são incompatíveis.
O sucesso dos Humanos - traduzido numa tripla platina e em excelentes críticas - deve-se muito à fidelidade e reverência a esse espírito, sem quebrar a irreverência essencial implícita em temas como "Muda de vida", "Maria Albertina" ou "Rugas".

Os preços até eram acessíveis...e eu tão longe!

PREÇO
40€ (cadeiras de orquestra); 35€ (1ª plateia); 30€ (2ª plateia); 25€ (balcão central); 20€ (balcão lateral); 15€ (galeria).
segunda-feira, junho 27, 2005

Hoje encontrei este texto que escrevi em Fevereiro de 2004

Durante mais de 20 anos vivi no campo...num monte alentejano onde acordava com os pássaros que escolheram umas das árvores junto à janela do meu quarto, para sua morada habitual.Eram bonitos, pretos e vermelhos...mas nunca soube que pássaros eram...nem isso me pareceu importante.
Era revigorante levantar-me abrir a porta e olhar ao longe...ver terras de Espanha do outro lado do rio...ouvir o silêncio apenas interrompido pelo ladrar de um cão...ou o chilrear dos pássaros.
Um dia um amigo que passou o fim de semana connosco e que reside habitualmente nos Açores muito perto do mar...disse-me algo que me fez impressão:-Esta noite não consegui dormir por causa do silêncio.
Explicou então que em casa adormece com o som do mar em fundo e que o silêncio que encontrou no Alentejo...era algo que o impedia de dormir.
Estranho? Talvez... mas compreensível.
Depois de 20 anos no campo, vejo-me de repente num prédio de 9 andares, vivendo no 8º tendo que andar de elevador para cima e para baixo...encontrando pessoas que nem sei em que andar e porta vivem... o que mais me chocou foi o episódio que aconteceu comigo um dia logo pela manhã.
Abro a porta ao mesmo tempo que um dos meus vizinhos de andar (éramos quatro)...e qual não é o meu espanto quando vejo essa pessoa...recuar e fechar a porta rapidamente só para não ter que descer comigo no elevador.Já tinha reparado que era uma pessoa que nunca dizia bom dia nem boa tarde...que um dia chegámos ao mesmo tempo e ela não quis subir connosco, mas na altura não liguei...quando a vejo fechar a porta como se fosse um bicho do mato só para não partilhar comigo o elevador...fiquei a pensar que aqueles caixotes não são casas...são celas de isolamento.
Se já antes tinha a certeza que queria sair dali...nesse dia tomei a firme resolução de o fazer o mais depressa possível.Felizmente que consegui.
Hoje não tenho elevadores, tenho vizinhos mas são vizinhos que vivem na mesma rua e que me dizem bom dia com a maior das naturalidades.
Tenho pena que as pessoas não consigam continuar a ser "gente"...mesmo quando vivem em caixotes de betão frios e impessoais.
sexta-feira, junho 24, 2005
Ontem resolvi comparar as diferenças entre o que paga um português (em média) numa casa arrendada e o que paga um espanhol...

Por cá normalmente e por aquilo que consegui ver, num apartamento de 2 quartos e sala, sem nada de especial as rendas nunca são inferiores aos 400€...
Em Espanha, concretamente em Badajoz para um apartamento com 4 quartos e sala...com varandas dignas desse nome...e mais uma série de pormenores (como aquecimento central e vidros duplos em prédio acabado de construir...) a média é de 300 a 350 €....

Uma vivenda com 4 quartos, sala, sala de jantar, jardim , mais de 3500 m2 de terreno à volta toda murada...e quase dentro da cidade de Badajoz...500€

Realmente...viver em Portugal ou em Espanha...não tem diferença nenhuma!!
terça-feira, junho 21, 2005
"o Tino é o nosso País!!"
Ouvi alguém dizer isso na televisão...e não é que ele tem razão?
Fez-me lembrar Fernando Pessoa quando dizia que ..."somos um País de provincianos"
segunda-feira, junho 20, 2005
Aproxima-se um período difícil para quem, como eu, faz da comunicação social a sua forma de vida.
Ainda a procissão vai na praça e já assistimos a várias “guerrinhas” entre forças contrárias.
Já começou o diz que disse, ele diz eu respondo...o grão de areia transforma-se em montanha , e... está o baile armado!!
O que não me agrada nada é que usem e abusem ( ou que pelo menos tentem) da Comunicação Social.
Uma comunicação social comprometida, seja com quem for, será sempre uma comunicação social sem voz junto das populações e por conseguinte sem qualquer utilidade.
Cada vez mais, comunidade e comunicação social devem estabelecer parcerias em prol do bem comum, mas parcerias em que cada um conheça os limites e saiba que a sua liberdade termina, onde começa a liberdade do outro.
Há uns dias ouvi o Presidente da Câmara Municipal afirmar que Elvas tem vindo a crescer a pouco e pouco na última década , no que diz respeito ao desenvolvimento da massa crítica no concelho.
Quero acreditar que assim é.
Quanto à Comunicação Social deixem-nos fazer o nosso trabalho...ficamos todos a ganhar!
quinta-feira, junho 16, 2005
Este texto foi-me enviado por uma amiga, mãe de duas crianças deficientes. Uma delas faleceu há um ano. Sei que ela está a sofrer e não consigo fazer nada para aliviar esse sofrimento.

DEUS escolhe a mãe da criança deficiente.
A maior parte das mulheres hoje em dia tornam-se mães por acidente, outras por escolha própria, outras por pressão social, outras por hábito.
Este ano quase 100 mil mulheres se tornar-se-ão mães de crianças deficientes.
Você alguma vez já pensou como as mães dos deficientes são escolhidas?
Eu já! Uma vez visualizei Deus pairando sobre a terra, seleccionando o seu instrumento de propagação com grande carinho e compassividade.
Enquanto Ele observava, Ele instruía os seus anjos a tomarem nota num grande livro:
Para Mariana Castro, um menino, anjo da guarda Mateus.
Para Cristina Vale, uma menina, anjo da guarda Cecilia.
Para Alexandra Dias, gémeos, anjo da guarda, mande o Gerard ele está acostumado com a profanidade.
Finalmente Ele passa um nome para um anjo, sorri e diz:
Dê-lhe uma criança deficiente.
O anjo cheio de curiosidade pergunta:
Porquê a ela Senhor? Ela é tão alegre...
Exactamente por isso. Como eu poderia dar uma criança deficiente a um mãe que não soubesse o valor de um sorriso? Seria cruel.
Mas será que ela terá paciência?
Eu não quero que ela tenha muita paciência, porque aí ela com certeza se afogaria no mar de auto-piedade e desespero. Logo que o choque e o ressentimento passar, ela saberá como se conduzir.
Senhor eu hoje estava a observa-la. Ela tem aquele forte sentimento de independência, ela terá que ensinar a criança a viver no seu mundo e não vai ser fácil. Além do mais Senhor, eu acho que ela nem acredita na sua existência.
DEUS sorri...
Não tem importância. Eu posso dar um jeito nisso. Ela é perfeita, possui o egoísmo no ponto certo.
Egoísmo?! E isso é por acaso uma virtude?
DEUS acenou um sim e acrescentou:
Se ela não se conseguir separar da criança de vez em quando, ela não sobreviverá. Sim, essa é uma das mulheres que eu abençoarei com uma criança menos perfeita. Ela ainda não faz ideia, mas será também muito invejada. Ela nunca irá admitir uma palavra não dita, nunca irá considerar um passo adiante, uma coisa comum.
Quando a sua criança disser “MÃE” ela saberá que está a presenciar um milagre, quando descrever uma árvore ou um pôr do sol ao seu filho, verá como poucas já viram a minha obra. Eu permitirei que ela veja claramente coisas como: ignorância, crueldade, preconceito e vou ajuda-la a superar tudo. Ela nunca estará sozinha. Eu estarei ao seu lado cada minuto da sua vida, porque está a trabalhar junto comigo.
Bom está bem. E quem o Senhor está a pensar em mandar como anjo da guarda?
DEUS sorriu!
Dá-lhe um espelho, é o suficiente.
quarta-feira, junho 15, 2005
Vieira da Silva, ministro do Trabalho da Segurança Social, considera que os titulares de cargos públicos "não são portugueses de segunda e não devem ser penalizados face aos outros portugueses". No entanto, o governante acrescenta que os mesmos também "não devem ter privilégios incompreensíveis para a generalidade da população". Sobretudo num momento como o actual.

in http://www.publico.clix.pt


O Senhor ministro não está a ver bem pois não??
terça-feira, junho 14, 2005
Cerca de 30 a 40 % dos portugueses sofrem de dor crónica - uma patologia nem sempre encarada como problema de saúde, denuncia a responsável pela unidade de dor do Hospital dos Capuchos, em Lisboa.
Teresa Vaz Pato lamenta que nem sempre se olhe para a dor como um problema de saúde, afirmando que, "por parte dos próprios organismos de saúde, a dor é mais um acto humano do que propriamente técnica e isto, leva a que não haja um grande mediatismo", afirmou.

Os doentes com dor recorrem em média cinco vezes mais às urgências hospitalares. Uma sobrecarga que nem sempre é acompanhada com políticas direccionadas no combate a esta patologia.

Os custos sociais e económicos da dor crónica ainda não estão quantificados em Portugal. Teresa Vaz Pato considera que muitos dos analgésicos administrados não constituem mais do que um encargo para o doente e para o Estado.

Tal lacuna deverá ser ultrapassada daqui por dois anos com a conclusão do primeiro estudo nacional sobre a incidência desta patologia.

Este estudo é lançado hoje por iniciativa da Faculdade de Medicina do Porto com o apoio da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor.

in www.rr.pt


Hoje estou com uma crise...
Vou dormir, ou pelo menos tentar, depois de uma dose de analgésicos.
Espero que não vos doa nada...

Irritam-me pessoas que não cumprem horários...que fazem os outros esperar...ainda por cima quando o interesse é deles.
segunda-feira, junho 13, 2005
Depois das Praias de Carcavelos e Quarteira, um grupo de cerca de 11 assaltantes lançou hoje o pânico num comboio da CP da Linha de Sintra.

A situação obrigou mesmo à paragem da composição na estação da Amadora, disse à Renascença Rui Lucena, da CP.

O responsável conta que os meios de segurança foram accionados e que uma passageira vai apresentar queixa por furto de um telemóvel.

O incidente ocorreu entre a estação de Monte Abraão e a da Amadora e a circulação já se encontra normalizada.


in www.rr.pt

Em que estamos a transformar este país, até há pouco de brandos costumes, e que era considerado um paraíso há beira mar plantado?

Não quero acreditar que isto passe a ser o dia-a-dia e que se vá estendendo a outras cidades do país...se assim for muito mal está este país e muito mal vamos andar todos nós sempre com o coração nas mãos.
No meu caso embora neste momento esteja longe dos grandes centros urbanos, não posso deixar de, como mãe, estar atenta à situação. Tenho uma filha que utiliza o comboio entre Entrecampos e Tercena/Massamá diariamente...


Quanto a mim foi pouco divulgada...


O preço da sardinha aumentou em flecha devido aos festejos de Santo António. Na sexta-feira, o Mercado Abastecedor da Região de Lisboa chegou a vender o quilo de sardinha fresca a seis euros, quando noutros dias de venda o preço situava-se entre os dois e três euros. Já na quinta-feira, a lota de Peniche vendia o quilo de sardinha mais barata a 30 cêntimos e o mais caro a três euros.

in Correio da Manhã

Segundo as perspectivas no S. João vai ser ainda pior...por isso acho melhor começarmos a comer lagosta nos Santos Populares...que vos parece?

Faleceu esta madrugada Eugénio de Andrade.
Conheci-o pessoalmente em 2000 em Badajoz no Museu de Arte Contemporânea e pareceu-me uma pessoa simples e de grande sensibilidade.





Adeus

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

Eugénio de Andrade
Detesto ter estes fins de semana.(de merda mesmo!) Preciso de tempo para mim e não consigo.
Raios!!Ainda por cima os filmes que eu gostaria de ver dão muito tarde e eu preciso deitar-me porque acordo cedo...Raios, raios, raios!!!

domingo, junho 12, 2005
É quando nunca estamos cansados para ouvir;
É quando existe um carinho todo especial;
É quando ficamos preocupados com coisas que achamos que estão erradas;
É quando o amigo se faz presente até nas horas que achamos que não são precisas;
É quando existe cumplicidade;
É quando temos plena confianca;
É quando tentamos abrir os olhos do amigo quando julgamos que esteja fazendo coisa errada e mesmo sabendo que está fazendo coisa errada não abandonamos.
Enfim,amizade é um bem muito preciso que precisamos conservar sempre,mesmo com todas as dificuldades que a amizade possa oferecer.
Amigos são pessoas muito importantes em nossas vidas que temos que ter,e saber sempre.

Ando um bocado às aranhas...vamos ver o que sai daqui. ..
Como já puderam perceber estou a fazer experiências...por isso desculpem qualquer coisinha!

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