Coisas Simples...

Recebi um email de um amigo elvense que reside noutro ponto do país e que aqui reproduzo...

Xanu

Que se passa com os Elvenses?
As coisas passam-se e não nos damos conta das reacções. Será que estão todos amorfos? Onde está o amor à cidade? Será que não percebem que aos poucos vão esvaziando tudo quanto diferenciava a nossa ciddae?
Leio o comunicado da JS aquando da eliminação da Casa de Reclusão e culpam o antigo governo PSD-CDS-PP.
Leio que o Presidente Rondão Almeida na tomada de posse adverte para o adeus a pilares da "personalidade" da cidade: Militares, Maternidade, Polícia, etc...
E fica assim? Não há reacção da população?
Mas então a maioria que elegeu este Presidente não é PS? E quem está a tomar as medidas não é o PS?
É esta a paga?
O Linhas de Elvas nada diz. O Blogger da Câmara Municipal de Elvas nada diz.
Só o Zé de Melo se pronunciou e reagindo ao meu comentário o Tudoben inseriu o agradecimento que o Ze de Melo faz aos militares.
Por favor, penso que era altura de todos se porem de acordo e em uníssono defenderem algo que está nas nossas raízes. Elvas sempre foi e terá que continuar a ser uma cidade fortificada, guardiã do Reino e da Pátria. Uma cidade amuralhada e que seja merecedora do feito dos seus antepassados, caldeados numa simbiose de civis e militares que há séculos têm tido o orgulho de se proclamarem Elvenses.

Receba um Abraço


Fitas Custódio


Ainda sobre este tema e na mesma onda fica a crónica publicada por Aldina Amador no www.tudoben.com



A cidade das avestruzes

10-11-2005

Custa quando vemos tudo o que fazia parte do nosso mundo ir desaparecendo. São as pessoas, os objectos e tudo o que nos rodeia que se vai alterando.
Há coisas que ainda bem que mudam, mas há outras que gostaríamos que permanecessem iguais. Elvas está a perder as suas características.
Sempre foi uma cidade militar por excelência. E agora? Raramente nos cruzamos com alguém fardado, há muito tempo que os juramentos de bandeira que tanta gente traziam a Elvas, deixaram de ser uma realidade. Continuávamos a encontrar alguns daqueles camiões que em tempos andavam sempre cheios de militares que aproveitavam o seu tempo no exército para tirar a carta, mas ultimamente até esses têm ido desaparecendo.
Que cidade vamos deixar às próximas gerações? Que futuro vão ter os nossos jovens numa cidade onde tudo vai desaparecendo?
Comércio? Moribundo... Quartéis? Às moscas e daqui a pouco aos ratos...
Elvenses autênticos? Daqui a uns tempos deixam de poder dizer que nasceram aqui...passam a ser elvenses nascidos em Portalegre...
Apesar do que nos dizem...no meu ponto de vista, o futuro desta cidade está hipotecado.
E o que fazem os elvenses? Estão amorfos. Parece que nada disto lhes diz respeito.
As forças políticas têm balbuciado uns protestos sem muita convicção e cada um por seu lado esquecendo que a união faz a força.
Os habitantes desta cidade cujo passado assenta nas suas fortificações e por conseguinte naqueles que as defendiam, esses que descendem desse passado militar, estão alheados e à espera que de repente algum milagre aconteça e que tudo volte a ser como antes.
Fazem quase todos o mesmo que as duas avestruzes que o Presidente da autarquia tem na sua propriedade...metem a cabeça debaixo da asa.
Milagres? São cada vez mais raros e para que aconteçam é preciso empenho por parte de quem implora por eles.