sábado, fevereiro 25, 2006
sábado, fevereiro 25, 2006 |
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Dina |
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Vou reproduzir, porque concordo com cada palavra, vírgula e ponto final, a nota da semana publicada no Semanário Linhas de Elvas e assinada pelo seu director.
http://linhasdeelvas.net/
O Cine-Teatro de Elvas esteve vazio no final de tarde de terça-feira. Vazio de gente, com uma assistência composta por cerca de 50 pessoas na sua maioria funcionários camarários, e vazia de conteúdo devido à maneira como foram conduzidos os trabalhos. Rondão Almeida não vislumbrou melhor estratégia inicial do que atacar a comunicação social local. Já vai sendo hábito deitar as culpas de tudo o que de mal acontece neste concelho para os profissionais da informação que mais não fazem do que informar os elvenses das intenções e das decisões governamentais, militares ou camarárias que eles próprios tomam e divulgam. Todos nós sabemos que é intenção das chefias militares encerrar o RI8; que fechar a Maternidade, transferir médicos e outros profissionais de saúde de Elvas para Portalegre e encerrar escolas [só no distrito de Portalegre irão fechar, por agora, um total de 20] são medidas preconizadas pelo Governo. Então porque razão convoca Rondão Almeida a população para criticar o trabalho de quem se limita a difundir essas notícias?
Esta política de ataque cerrado e constante contra tudo e contra todos é uma das principais responsáveis pelo facto de os elvenses se afastarem cada vez mais da vida pública. Elvas é, neste momento, um local moribundo onde ninguém participa na causa pública, onde tudo se está esvaziando [veja-se a situação a nível de instituições e clubes desportivos]. Elvas é um concelho isolado e votado ao ostracismo. Veja-se a resposta que o ministro da Defesa deu aos sucessivos convites da Autarquia para aqui se deslocar ou mesmo presidir às cerimónias do Dia da Cidade; veja-se o número de autarcas da região presentes na tribuna de honra dessas cerimónias [excepção feita a Mata Cáceres, de Portalegre que, por acaso, até é do PSD], ao estágio da selecção, à Cimeira Luso- -Ibérica ou até mesmo à importância que Jorge Sampaio alguma vez nos concedeu.
É tempo, pois, de unir esforços para que não estejamos cada vez mais orgulhosamente sós. É tempo de não lutar contra as instituições que neste concelho existem - comunicação social incluída - mas sim com elas trabalhar para que não fiquemos a admirar os nossos equipamentos ludico-desportivos e os museus vazios tudo porque teimamos em cultivar a política da terra queimada onde se tentam abater todas as vozes, não só as discordantes, como também todas as que ousam dar o seu contributo para a causa pública.
De uma coisa estamos certos: os elvenses têm muita confiança nos seus órgãos de informação, quer radiofónicos quer escritos. Os elvenses sabem que esta meia dúzia de homens e mulheres tudo fazem para levar o nome e tudo o que de bom temos em Elvas para longe das portas deste concelho. Os elvenses sabem, porque os ouvem e lêem dia a dia, semana a semana, que eles exercem a sua profissão com isenção, doa isso a quem doer. Por isso os “nossos” órgãos de informação são dos mais lidos e ouvidos em todo o Alentejo. Se a “nossa” política fosse demagógica estávamos tão vazios de audiência, leitores e conteúdo, como esteve o Cine- -Teatro naquele chuvoso e frio final de tarde.
Terça-feira esteve mal, senhor presidente. Muito mal mesmo!
João Alves e Almeida
http://linhasdeelvas.net/
O Cine-Teatro de Elvas esteve vazio no final de tarde de terça-feira. Vazio de gente, com uma assistência composta por cerca de 50 pessoas na sua maioria funcionários camarários, e vazia de conteúdo devido à maneira como foram conduzidos os trabalhos. Rondão Almeida não vislumbrou melhor estratégia inicial do que atacar a comunicação social local. Já vai sendo hábito deitar as culpas de tudo o que de mal acontece neste concelho para os profissionais da informação que mais não fazem do que informar os elvenses das intenções e das decisões governamentais, militares ou camarárias que eles próprios tomam e divulgam. Todos nós sabemos que é intenção das chefias militares encerrar o RI8; que fechar a Maternidade, transferir médicos e outros profissionais de saúde de Elvas para Portalegre e encerrar escolas [só no distrito de Portalegre irão fechar, por agora, um total de 20] são medidas preconizadas pelo Governo. Então porque razão convoca Rondão Almeida a população para criticar o trabalho de quem se limita a difundir essas notícias?
Esta política de ataque cerrado e constante contra tudo e contra todos é uma das principais responsáveis pelo facto de os elvenses se afastarem cada vez mais da vida pública. Elvas é, neste momento, um local moribundo onde ninguém participa na causa pública, onde tudo se está esvaziando [veja-se a situação a nível de instituições e clubes desportivos]. Elvas é um concelho isolado e votado ao ostracismo. Veja-se a resposta que o ministro da Defesa deu aos sucessivos convites da Autarquia para aqui se deslocar ou mesmo presidir às cerimónias do Dia da Cidade; veja-se o número de autarcas da região presentes na tribuna de honra dessas cerimónias [excepção feita a Mata Cáceres, de Portalegre que, por acaso, até é do PSD], ao estágio da selecção, à Cimeira Luso- -Ibérica ou até mesmo à importância que Jorge Sampaio alguma vez nos concedeu.
É tempo, pois, de unir esforços para que não estejamos cada vez mais orgulhosamente sós. É tempo de não lutar contra as instituições que neste concelho existem - comunicação social incluída - mas sim com elas trabalhar para que não fiquemos a admirar os nossos equipamentos ludico-desportivos e os museus vazios tudo porque teimamos em cultivar a política da terra queimada onde se tentam abater todas as vozes, não só as discordantes, como também todas as que ousam dar o seu contributo para a causa pública.
De uma coisa estamos certos: os elvenses têm muita confiança nos seus órgãos de informação, quer radiofónicos quer escritos. Os elvenses sabem que esta meia dúzia de homens e mulheres tudo fazem para levar o nome e tudo o que de bom temos em Elvas para longe das portas deste concelho. Os elvenses sabem, porque os ouvem e lêem dia a dia, semana a semana, que eles exercem a sua profissão com isenção, doa isso a quem doer. Por isso os “nossos” órgãos de informação são dos mais lidos e ouvidos em todo o Alentejo. Se a “nossa” política fosse demagógica estávamos tão vazios de audiência, leitores e conteúdo, como esteve o Cine- -Teatro naquele chuvoso e frio final de tarde.
Terça-feira esteve mal, senhor presidente. Muito mal mesmo!
João Alves e Almeida
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