quarta-feira, setembro 13, 2006
quarta-feira, setembro 13, 2006 |
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Dina |
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Cada um de nós será sempre um mais um.
Cada um de nós será sempre um corpo e um espírito.
Cada um de nós, será, sempre, dois em um.
Por isso cada um de nós se debate entre o desejo de ceder e agradar e o medo de permanecer erecto e ser repudiado
Por isso, cada um de nós, tantas vezes se divide e se desespera entre o que pensa e o que executa.
Por isso, cada um de nós se debate entre o ser e o parecer.
Por isso cada um de nós se divide entre o querer e o não querer.
Por isso cada um de nós se procura, se perde, se enreda, se encontra e se dispersa por veredas e atalhos, por labirintos inesperados nascidos à revelia das suas deliberações e vontades, gostos e convicções.
Não fora assim e o próprio pensamento se materializaria em acção sem encontrar entraves de consciência
Quantas vezes, qualquer de nós, pára a meio de uma tarefa interrogando-se porque a está a executar; como se as mãos estivessem fora do comando da mente e tivessem vida própria, bem independente da nossa própria determinação.
Quantas vezes a pergunta: - porque fiz? – Porque disse?...
Ás vezes, quantas vezes, é a palavra que contradiz o que se pensa e, a acção que a concretiza, não faz mais do que efectivar a mentira, que, assim se torna realidade.
Sendo evidente, para qualquer de nós, que se pode estar a fazer uma coisa e a pensar noutra, sendo indesmentível, também, que se pode dizer o que se não sente, não me parece difícil aceitar que qualquer de nós, ou todos nós, sejamos o somatório de todas as contradições que nos habitam.
Tantas atitude bem intencionadas que resultam em frustrações e censuras e, tantos gestos hipócritas que são passíveis de colher aplausos pelos êxitos conseguidos.
Tudo, mais ou menos se classifica pelos resultados, pelas evidências - pelo que se pode ver e, se mostra mas, tudo, na realidade, vale pelas intenções, embora sendo elas sempre passíveis de ser ocultas, por ser impossível visualizar o segredo de cada coração.
O riso pode ser choro, e o pranto pode ser dever de ofício.
Sempre haverá carpideiras e palhaços de vocação.
Há espécies resistentes como o escalracho.
Assim, cada qual, julga por si, porque cada um é a sua mais próxima referência para avaliar o outro.
Como muito bem ensinou o Santo Padre, o Papa João Paulo II, só cada um de nós conhece – a verdade – das intenções que lideram as nossas atitudes e o aplauso, ou a reprovação que merecem, seja qual for o efeito que se consiga entre os demais, e o proveito ou a má fortuna que daí advenha.
A dúvida subsistirá, até para nós próprios, quantas vezes, entre o que deliberadamente impomos à nossa consciência e o que o nosso sub-consciente nos aconselha, ou impõe.
Porque a própria consciência, ninguém jamais enganará.
Assim, do começo até ao fim, cada um de nós permanecerá, igual a: - um, mais um...até que despindo-se do seu invólucro perecível, e do seu íntimo tartufo regresse, só e nu, à mão que o soltou e o recolherá como parcela do Universo, finda a experiência de ter podido dizer – eu...
Maria José Rijo
Esta senhora escreve muito bem...pinta muito bem...é sempre um prazer para mim quando a vejo.
Não baixa a cabeça nem se amedronta...e bem têm tentado!!
Muita gente devia seguir o seu exemplo e o mundo seria concerteza muito melhor.
Este texto foi incluído na edição de 30 de Março do Semanário Linhas d'Elvas.
www.linhasdeelvas.net/
Cada um de nós será sempre um corpo e um espírito.
Cada um de nós, será, sempre, dois em um.
Por isso cada um de nós se debate entre o desejo de ceder e agradar e o medo de permanecer erecto e ser repudiado
Por isso, cada um de nós, tantas vezes se divide e se desespera entre o que pensa e o que executa.
Por isso, cada um de nós se debate entre o ser e o parecer.
Por isso cada um de nós se divide entre o querer e o não querer.
Por isso cada um de nós se procura, se perde, se enreda, se encontra e se dispersa por veredas e atalhos, por labirintos inesperados nascidos à revelia das suas deliberações e vontades, gostos e convicções.
Não fora assim e o próprio pensamento se materializaria em acção sem encontrar entraves de consciência
Quantas vezes, qualquer de nós, pára a meio de uma tarefa interrogando-se porque a está a executar; como se as mãos estivessem fora do comando da mente e tivessem vida própria, bem independente da nossa própria determinação.
Quantas vezes a pergunta: - porque fiz? – Porque disse?...
Ás vezes, quantas vezes, é a palavra que contradiz o que se pensa e, a acção que a concretiza, não faz mais do que efectivar a mentira, que, assim se torna realidade.
Sendo evidente, para qualquer de nós, que se pode estar a fazer uma coisa e a pensar noutra, sendo indesmentível, também, que se pode dizer o que se não sente, não me parece difícil aceitar que qualquer de nós, ou todos nós, sejamos o somatório de todas as contradições que nos habitam.
Tantas atitude bem intencionadas que resultam em frustrações e censuras e, tantos gestos hipócritas que são passíveis de colher aplausos pelos êxitos conseguidos.
Tudo, mais ou menos se classifica pelos resultados, pelas evidências - pelo que se pode ver e, se mostra mas, tudo, na realidade, vale pelas intenções, embora sendo elas sempre passíveis de ser ocultas, por ser impossível visualizar o segredo de cada coração.
O riso pode ser choro, e o pranto pode ser dever de ofício.
Sempre haverá carpideiras e palhaços de vocação.
Há espécies resistentes como o escalracho.
Assim, cada qual, julga por si, porque cada um é a sua mais próxima referência para avaliar o outro.
Como muito bem ensinou o Santo Padre, o Papa João Paulo II, só cada um de nós conhece – a verdade – das intenções que lideram as nossas atitudes e o aplauso, ou a reprovação que merecem, seja qual for o efeito que se consiga entre os demais, e o proveito ou a má fortuna que daí advenha.
A dúvida subsistirá, até para nós próprios, quantas vezes, entre o que deliberadamente impomos à nossa consciência e o que o nosso sub-consciente nos aconselha, ou impõe.
Porque a própria consciência, ninguém jamais enganará.
Assim, do começo até ao fim, cada um de nós permanecerá, igual a: - um, mais um...até que despindo-se do seu invólucro perecível, e do seu íntimo tartufo regresse, só e nu, à mão que o soltou e o recolherá como parcela do Universo, finda a experiência de ter podido dizer – eu...
Maria José Rijo
Esta senhora escreve muito bem...pinta muito bem...é sempre um prazer para mim quando a vejo.
Não baixa a cabeça nem se amedronta...e bem têm tentado!!
Muita gente devia seguir o seu exemplo e o mundo seria concerteza muito melhor.
Este texto foi incluído na edição de 30 de Março do Semanário Linhas d'Elvas.
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1 comments:
Ainda somos poucos a ligar a isso da consciência e tal, mas um dia seremos muitos e nesse dia o mundo será diferente... :)
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