terça-feira, janeiro 13, 2009


Um olhar oblíquo como que casual distraído
Capta a cena ondulante apreendida em negativo,
Olhar repetido pela periferia da vida para o centro
Do corpo, presença de soslaio nos olhos verdes
Linha serpenteante de um vaporoso rosto divino.

Olhar que não quer afirmando-se no cruzamento
De outro olhar que procura pelas ondas artesianas
Da atracção em corpos; atravessam olhares
Que se atraem numa química indecifrável e daltónica
Olhares sinuosos suaves meiguices que se dilatam.

O olhar desejoso colorido percorre espaços
Divergentes como indiferentes, presa atenta capaz
De exaurir o corpo denso no rosto de imagens
Que se concentra em paleta musical saltos vivos
De acrobata de olhar magnético e sinuoso.


Amador (clique para ler outros poemas do mesmo autor)

1 comments:

Pitanga Doce disse...

Aqui costuma-se dizer: Um olhar "entrega". Quer dizer, revela o que se está pensando. E não é?

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